quarta-feira, 27 de abril de 2011

Saiba a diferença entre oxi, crack e cocaína

Drogas têm o mesmo princípio ativo e são usadas da mesma forma.
Diferença está no que é usado para transformar a cocaína em pedra.
Tadeu Meniconi - Do G1, em São Paulo
Fundação Oswaldo Cruz planeja mapeamento do uso de oxi no país
O oxi é cada vez mais um problema de saúde pública no Brasil. A droga chegou ao país em meados da última década pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Agora, há registro de mortes no Piauí e a ameaça de que ela atinja o Sudeste. A Fundação Oswaldo Cruz já prepara um mapeamento da droga no território nacional.
A droga é derivada da planta coca, assim como a cocaína e o crack. Há diferenças, contudo, no modo de preparo. Existe uma pasta base, com o princípio da droga, e de seu refino vem a cocaína.
“A pasta base é como a rapadura e a cocaína é como o açúcar”, compara Marta Jezierski, médica psiquiátrica e diretora do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), ligado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
O crack e o oxi são feitos a partir dos restos do refino da cocaína. As três drogas possuem, portanto, o mesmo princípio ativo e um efeito parecido, que é a aceleração do metabolismo, ou seja, do funcionamento do corpo como um todo.
Quando menor a duração do efeito, mais viciante é uma substância"
Marta Jezierski, médica psiquiátrica
A diferença da cocaína para as outras duas está no que os especialistas chamam de “via de administração”.
Enquanto a primeira é inalada em forma de pó, as outras duas são fumadas em forma de pedra. Isso muda a forma como o corpo lida com a dose.
O pó da cocaína é absorvido pela mucosa nasal, que tem nervos aflorados, responsáveis pelo olfato. O efeito dura entre 30 e 45 minutos. No caso das outras duas drogas, a absorção acontece no pulmão, de onde ela cai na corrente sanguínea. O efeito dura cerca de 15 minutos, e por isso, é mais intenso que o da cocaína, o que aumenta o risco de que o usuário se torne um viciado.
“Quando menor a duração do efeito, mais viciante é uma substância”, afirma Jezierski.
“Se você usa uma que dá um 'barato' de 48 horas, você não precisa de outra dose tão cedo, mas se usa uma que dá um barato de 15 minutos e, em seguida, te dá depressão, vai querer outra dose”, explica a psiquiatra.
A grande diferença do oxi para o crack está na sua composição química. Para transformar o pó em pedra, o crack usa bicarbonato de sódio e amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos – e atingir um número maior de usuários –, leva querosene e cal virgem.
Querosene e cal virgem são substâncias corrosivas e extremamente tóxicas. Por isso, o consumo do oxi pode levar à morte mais rápido que o crack – no qual o que é realmente nocivo é o princípio ativo da droga.
“A hipocrisia do suicídio é bem menor”, conclui Jezierski sobre o oxi, em relação ao crack

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cuidado com 'misturinhas' alcoólicas

Especialistas alertam para os riscos de excessos de bebida na Virada Cultural. As consequências vão desde uma simples dor de cabeça até o coma

Com a proibição da venda de bebidas alcoólicas em barracas credenciadas pela Prefeitura durante a Virada Cultural, muita gente, com certeza, vai recorrer a outros meios para garantir a "alegria" da festa. E aí que mora o perigo, principalmente para quem tem o hábito de beber "misturinhas" caseiras de procedência desconhecida, vendidas a preço popular por ambulantes ou em bares.

É o caso, por exemplo, do "vinho químico" - uma mistura de vinho de cidra, açúcar, corantes e álcool de cozinha com teor de 42 graus - vendido em garrafas plásticas ou doses. Adocicada, saborosa e perfumada, a bebida chega a agradar até alguns dos mais finos paladares. Porém, especialistas alertam que, por trás dessa aparência inofensiva se esconde uma verdadeira bomba que pode provocar sérias lesões no organismo, além de outros problemas graves, como levar uma pessoa ao coma alcoólico.

INTOXICAÇÃO / A médica Marta Jezierski, diretora do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), da Secretaria estadual da Saúde, afirma que só o fato de a bebida conter álcool com teor de 42 graus já a torna muito mais tóxica. O teor alcoólico do vinho varia de 13 a 14 graus e, no caso da mistura, o alto teor potencializa o efeito da bebida.

"A mistura pode causar sérias lesões no fígado e inflamar as paredes do intestino, fazendo com que ele deixe de absorver alimento e água. A pessoa acaba ficando desidratada", diz.

O psiquiatra Carlos Salgado, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Drogas, lembra que o uso excessivo de bebida traz consequências além dos problemas orgânicos: a embriaguez ou vulnerabilidade a riscos, como atropelamento ou sexo desprotegido.

"O álcool é uma loteria. Às vezes, uma pessoa mais tolerante pode beber muito e não acontecer nada. Mas em outras o efeito da bebida é imediato", afirma Salgado. O psiquiatra ressalta ainda que pelo menos 12% da população têm propensão ao alcoolismo sem saber e só descobre quando bebe.

Segundo Marta, o metabolismo de um homem aguenta bem entre duas ou três cervejas por dia. Já na mulher a tolerância máxima é de uma a duas.

Veja como beber sem ter problemas futuros
A médica Jezierski afirma que, se a pessoa quiser beber, precisa tomar alguns cuidados para o organismo metabolizar o álcool. Segundo ela, é preciso intermediar bebida com alimentos doces ou salgados, mesmo gordurosos, e tomar muita água, suco ou refrigerante.

Bares com alvará podem vender bebida

As 105 barracas credenciadas vão vender apenas alimentos, água e refrigerantes. Mas bares do entorno com alvará para funcionar após a 1h poderão vender bebidas alcoólicas. Além disso, nada impede que as pessoas tragam de casa. Porém, a PM vai coibir embalagens como as de vidro, que podem ser usadas como arma.


FONTE: Diário de São Paulo

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Assembleia Legislativa do Piauí discute tratamento a dependentes

Foi realizada na manhã desta segunda (18), a primeira reunião da Frente Parlamentar de Políticas Públicas Sobre Drogas, da Assembleia Legislativa. O grupo composto por 11 deputados irá chamar setores da sociedade, entidades técnicas e poderes públicos para discutir a questão das drogas no Piauí, desde a repressão ao tráfico, à prevenção e o tratamento dos dependentes. O objetivo é encontrar e encaminhar soluções para cada uma destas áreas.
Nessa primeira reunião foi definida a executiva da Frente, que terá a deputada Rejane Dias como presidente e Margareth Coelho como vice-presidente. O primeiro secretário é o deputado Flávio Nogueira Filho e, a segunda secretária, Juliana Falcão.
Também foi definido um calendário de ações da Frente, que é composto por Fóruns de Debates mensais sobre vários temas que envolvem a problemática das drogas. Em novembro será elaborado um relatório com um diagnóstico e diretrizes a serem tomadas pelos deputados para auxiliar os poderes executivos, judiciário e a sociedade a cumprirem suas funções no combate ao avanço das drogas.
O primeiro Fórum acontecerá no dia 28 de abril, com a temática: Política de Tratamento aos Dependentes Químicos no Estado do Piauí nas Áreas Pública e Privada. Serão chamados representantes das comunidades e centros de tratamentos, técnicos da área de saúde e membros do executivo e judiciário para discutirem a criminalização e tratamento aos dependentes.
“Paralelamente, nós vamos fazer um levantamento das leis que possam ajudar o judiciário e o executivo a executar melhor a atarefa de combater as drogas e tratar os dependentes. Temos a prerrogativa de fiscalizar e legislar e, desta forma, esta é uma das formas de contribuirmos com esta luta”, declarou Rejane Dias.
A deputada Margareth defendeu celeridade na execução do cronograma. “A cada dia são mais e mais jovens se tornando uma nova vítima. Precisamos iniciar os trabalhos o mais rápido possível”, completou.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Procuradoria investiga 190 bares por infringir a lei antifumo em Teresina

A emenda de autoria do vereador Edson Melo (PSDB) estabelece que o proprietário do estabelecimento fica livre para adotar ou não a lei.


O Ministério Público do Trabalho no Piauí divulgou nota na tarde desta segunda-feira (18) classificando como “retrocesso” a alteração na lei antifumo, que proíbe o uso de cigarros em ambientes fechados. A Procuradoria do Trabalho já abriu 190 investigações para apurar desobediência a nova lei.



A emenda de autoria do vereador Edson Melo (PSDB) estabelece que o proprietário do estabelecimento fica livre para adotar ou não a lei. 


No entendimento do Ministério Público do Trabalho, a exceção poderá ser danosa para os trabalhadores das casas noturnas, bares, hotéis e restaurantes de Teresina.


“A atuação do MPT para abolir o uso de tabaco em locais de uso coletivo tem por finalidade proteger a saúde dos trabalhadores, mas termina por favorecer a toda a sociedade”, diz a nota.

fonte:cidadeverde.com

domingo, 17 de abril de 2011

Internação como método eficaz de tratamento para dependentes de crack

O crack é uma substância entorpecente devastadora do organismo, da mente e da função social da maioria dos indivíduos que ousaram experimentá-la. Atualmente, os números relativos a seu consumo são alarmantes, assumindo proporções endêmicas no Ceará e no Brasil. As condições de vida social estressantes as quais todos estão submetidos acabam fragilizando o comportamento daqueles que sofrem com as exigências impostas pela família e sociedade, fazendo com que estes, se expostos ao contato com um artifício que modifique seu lado emocional, proporcionando êxtase de forma instantânea e sem esforços, tornem-se usuários contumazes do crack e seus efeitos. A grande questão são os problemas relacionados ao seu uso, ou seja, seus efeitos colaterais. O usuário de crack, geralmente, em pouco tempo de consumo, torna-se um dependente e, desse modo, tem diversos órgãos (prejudicando estômago, pulmões, coração, cérebro, etc.), pensamentos (produzindo delírios, alucinações e problemas cognitivos) e emoções (ocasionando agressividade, depressão, ansiedade) alterados a partir do uso. Tais alterações perturbam sobremaneira o comportamento levando o dependente a enfrentar a polícia ou traficantes inconsequentemente e a roubar e, até mesmo, matar pessoas desconhecidas ou não.
Diante desta problemática, surge o debate acerca do tratamento adequado para dependentes químicos, em especial, para dependentes de crack. O internamento é considerado a última alternativa no tratamento os dependentes, segundo orientação da política antimanicomial preconizada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Municipal da Saúde. Partindo da experiência de que o regime fechado ao longo de anos não funcionou, a Prefeitura só recomenda a internação se o paciente não responder adequadamente ao tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial Anti-Drogas (Caps AD). Acredita-se que, estando em regime aberto ou semi-aberto, ou seja, em tratamento ambulatorial ou semi-internato, o indivíduo pode enfrentar os riscos da recaída já em contato com o mundo real.
O tratamento em regime aberto realmente apresenta grandes vantagens em relação à internação, na medida em que o indivíduo tem condições de manter as relações sociais, profissionais e familiares estavelmente, dando continuidade ao seu projeto de vida e aplicando os conceitos aprendidos sob tratamento psicológico no que se refere ao manejo da fissura e emprego de estratégias para enfrentamento de situações de risco para o uso da droga. No entanto, esta modalidade de tratamento tem algumas restrições em relação ao perfil do paciente que procura tratamento (ou para o qual a família procura tratamento). As características importantes de serem notadas são basicamente a compulsão pela droga, ou seja, a perda do controle sobre o uso, distorções de caráter, especialmente em relação à falta de sinceridade sobre os sintomas vivenciados, bem como a exposição inexorável aos fatores de risco presente em moradores de áreas socioeconomicamente desfavoráveis. Deixando de lado a óbvia questão política envolvida neste ultimo fator supracitado, a equipe multiprofissional que acolhe o usuário que retém tais características deve estar ciente dos riscos de manter este perfil de paciente sob regime aberto ou semi-aberto sob pena de, além de não atingir os objetivos de incrementar sua qualidade de vida, vir a prejudicar este sujeito, pois o mesmo continua sofrendo os efeitos adversos do uso da substância psicoativa.
Nestes casos, a alternativa mais responsável, abalizada por anos de tratamento especializado para dependência química é exatamente o regime fechado de cuidados ao doente. A premissa básica em questão se refere ao fator eminentemente bioquímico existente na dependência do crack. Esta substância interage disfuncionalmente com o cérebro e seus neurônios, criando uma necessidade biológica que impulsiona o sujeito a inalar a fumaça derivada da queima da pedra de crack. Dado que o pensamento, o comportamento e as emoções são gerados no cérebro, a doença dependência química (considerada pela ciência, atualmente, crônica) revela-se de difícil controle por parte do usuário, pois justificativas e impulsos para o uso ocorrem subitamente e este se vê sem condições arbitrárias de proteger-se contra as conseqüências da utilização da droga. Sendo assim, preconiza-se o regime de internação por duas razões básicas: desintoxicação e restabelecimento de condições neuroquímicas, ao nível de moléculas neuronais de transmissão da informação, devido ao mecanismo da neuroplasticidade, no qual o uso da droga ou sua abstinência criam condições fisiológicas em que o funcionamento cerebral tende a se adaptar para se estabilizar. Outra razão neurobiológica para intervir mediante a modalidade de tratamento por internação junto ao dependente químico, se refere ao funcionamento prejudicado do lobo frontal do cérebro, alterado neste tipo de paciente psiquiátrico. Esta região, localizada na parte de frente do cérebro, gerencia socialmente o comportamento dos indivíduos, controlando seus impulsos e impedindo a tomada de decisões potencialmente prejudiciais. Desse modo, não é de surpreender que o dependente químico não tenha o devido controle sobre seu próprio comportamento, impulsionando-o agir de forma auto-destrutiva. Hoje em dia, existem e estão sendo aprimoradas medicações alopáticas e fitoterápicas de combate ao desejo quase irresistível de uso da substância e que colaboram na desintoxicação que agem no cérebro diretamente no tratamento neurobiológico de paciente em atendimento.
Obviamente, estando em internação, o sujeito não deve ser apenas tratado em relação a seus aspectos biológicos, mas também ser estimulado a participar ativamente de grupos terapêuticos, sessões de psicoterapia individual, psicoeducações, programas de prevenção à recaída e elaboração cuidadosa de um projeto de vida. A família deste paciente também deve ser ouvida e devidamente orientada em relação à doença e possíveis co-morbidades (outras doenças presentes), ao próprio processo de recuperação, para participação em grupos de mútua ajuda, bem como ser considerado possível encaminhamento à psicoterapia àquele parente mais fragilizado. Uma etapa fundamental no atendimento deste perfil de paciente é a continuidade da assistência pós-internação, complementando com todas as vantagens do tratamento ambulatorial o período de recuperação da dependência química de um pesado usuário de crack, totalizando o modelo biopsicossocial de assistência à saúde.
Enfim, a modalidade de tratamento por internação não se trata, em hipótese alguma, de violação da liberdade individual, mas de responsabilidade sobre uma pessoa que já não tem posse das faculdades executivas de seu comportamento, na medida em que o cérebro desta encontra-se eminentemente perturbado pelas propriedades farmacológicas de uma das substâncias psicoativas mais prazerosas e devastadoras que a humanidade já produziu. Em resumo, esta alternativa de tratamento resguarda peculiaridades que a torna imprescindível para a eficácia na recuperação de dependentes químicos graves, ou seja, a maioria dos usuários de crack das ruas e residências de Fortaleza.
TAUILY CLAUSSEN TAUNAY psicólogo, especializando em Neuropsicologia

sexta-feira, 15 de abril de 2011

FHC defende regulamentação da maconha

No artigo O Papel da Oposição, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) não busca a polêmica apenas ao sugerir à oposição que priorize vender seu peixe às classes médias, deixando o povão cooptado pelos programas sociais do governo petista; FHC volta a defender a descriminalização da maconha, seguindo  o modelo da regulamentação do tabaco e do álcool. Para ele, a sinceridade na discussão é muito mais atraente do que a insistente "hipocrisia que pretende não ver o óbvio". Abaixo o trecho do artigo em que o tucano fala sobre a maconha:
Há casos nos quais a regulação vale mais que a proibição: veja-se o tabaco e o álcool, ambos extremadamente daninhos. São não apenas regulados em sua venda e uso (por exemplo, é proibido fumar em locais fechados ou beber depois de uma festa e guiar automóveis) como estigmatizados por campanhas publicitárias, pela ação de governos e das famílias. Não seria o caso de fazer a mesma coisa com a maconha, embora não com as demais drogas muito mais danosas, e concentrar o fogo policial no combate aos traficantes das drogas pesadas e de armas? Se disso ainda não estivermos convencidos, pelo menos não fujamos à discussão, que já corre solta na sociedade. Sejamos sinceros: é a sinceridade que comove a população e não a hipocrisia que pretende não ver o óbvio.

                                                                                                                               fonte: Acessepiaui

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Trailer Documentario da CUFA - CE Sobre o uso de Crack


Estado de Minas Gerais Busca Nova Abordagem para Tratamento de Usuarios de drogas

Mais um esforço do Governo para construir uma política pública eficaz no tratamento de usuários de álcool e drogas começou na sexta-feira (8). Através do Seminário de Alinhamento Conceitual do Comitê Intersetorial Antidrogas, o Estado busca agora alinhar, entre os diversos setores que participam do Comitê, os conceitos que envolvem a assistência, o apoio e o tratamento aos usuários.

O seminário contou com a participação de Ângelo Américo Martinez Campana, médico e especialista em dependência química que atua como membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas (Abead). Campana apresentou aos participantes a experiência exitosa desenvolvida por ele no Rio Grande do Sul, onde foi implantada uma rede integrada de atendimento ao usuário. "Construímos uma rede de tratamento onde o paciente encontra apoio especializado e uma estrutura física adequada. Além disso, nossa rede consegue atender todas as demandas. Para chegarmos neste ponto foi realizada uma grande capacitação dos profissionais, construímos centros de apoio e tratamento e integramos os sistemas de saúde", contou.

O secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Marques de Souza, destacou que o seminário concentra e integra os esforços dos vários setores envolvidos no assunto. Para isso, envolve outras secretarias do Estado como a Educação e a Subsecretaria de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e outras instituições.

"O objetivo é construir em Minas Gerais uma rede ampla de atendimento baseado em um tratamento plural e interdisciplinar que envolve diversos setores governamentais e não-governamentais. Para isso, buscamos alinhar os conceitos e definir uma rede de assistência que pensa o problema como um todo, em todos os seus aspectos", explicou.

Esforço mineiro

Criado no início deste ano, o Comitê Intersetorial Antidrogas tem como objetivo reforçar as ações governamentais no combate às drogas. Ele envolve órgãos da administração pública direta ou indireta, autárquica e fundacional do Estado por entender que o assunto é amplo e necessita ser enfrentado em diversas frentes. Uma das suas atividades é receber e analisar as propostas de ações das instituições.

Assim, eles procuram fortalecer iniciativas e programas sociais que contribuem com ações educativas e preventivas contra o uso indevido de drogas.

Para o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Cloves Benevides, é essencial agregar as ações de combate às drogas em uma ação conjunta e ampla. "É importante criar uma nova lógica de abordagem e de tratamento aos usuários de droga. É necessário modernizar as ações de atendimento a essas pessoas", disse.

O seminário discutiu a evolução dos conceitos em dependência química, a epidemiologia do consumo de drogas, abordando tendências mundiais e brasileiras e o modelo de rede integrada para o atendimento do usuário do crack. De acordo com o coordenador de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Paulo Repsold, a partir do conhecimento adquirido nesse e em outros seminários, o Comitê fortalecerá as suas políticas públicas.

"À SES cabe, especificamente, contribuir com ações de prevenção, promoção e recuperação das pessoas com dependência de drogas lícitas e ilícitas. E também criar e efetivar uma rede de atendimento ampla e eficaz. Para isso, a saúde estadual pretende desenvolver políticas e ações eficientes de combate ao uso de álcool e drogas e em sintonia com a realidade", finalizou Repsold.

Fonte: Jornal Minas Gerais

Novartis va comercializar remédio à base de maconha

Licenciamento da droga, usada no tratamento de esclerose múltipla, custou 34 milhões de dólares à gigante da indústria farmacêutica.A Novartis, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, irá comercializar a droga Sativex, feita à base de maconha. Desenvolvida pela britânica GW Pharma, o licenciamento da droga custou aos cofres da Novartis 34 milhões de dólares, mais pagamento de royalties. Nos últimos meses, o Sativex teve a venda aprovada na América do Norte e na Europa. A Novartis vai agora ampliar o mercado e levar o Sativex à Ásia, África e Oriente Médio.

O remédio é indicado para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla com espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos. O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela esclerose múltipla apresentaram reações positivas ao remédio.
A GW já havia fechado acordos de licença para vendas do Sativex na Espanha com a Almirall, e na Grã-Bretanha e no Canadá com a Bayer. A droga também já está aprovada na Nova Zelândia e, espera-se, deve ser autorizada até o final do ano pela Alemanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Áustria e na República Tcheca.
No Brasil, a GW já havia revelado em novembro de 2010 que estava em negociação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, nenhuma indicação de venda no país foi divulgada. De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos.   Veja
Licenciamento da droga, usada no tratamento de esclerose múltipla, custou 34 milhões de dólares à gigante da indústria farmacêutica.A Novartis, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, irá comercializar a droga Sativex, feita à base de maconha. Desenvolvida pela britânica GW Pharma, o licenciamento da droga custou aos cofres da Novartis 34 milhões de dólares, mais pagamento de royalties. Nos últimos meses, o Sativex teve a venda aprovada na América do Norte e na Europa. A Novartis vai agora ampliar o mercado e levar o Sativex à Ásia, África e Oriente Médio.

O remédio é indicado para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla com espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos. O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela esclerose múltipla apresentaram reações positivas ao remédio.
A GW já havia fechado acordos de licença para vendas do Sativex na Espanha com a Almirall, e na Grã-Bretanha e no Canadá com a Bayer. A droga também já está aprovada na Nova Zelândia e, espera-se, deve ser autorizada até o final do ano pela Alemanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Áustria e na República Tcheca.
No Brasil, a GW já havia revelado em novembro de 2010 que estava em negociação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, nenhuma indicação de venda no país foi divulgada. De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos. Novartis vai comercializar remédio à base de maconha [Image] [Image] [Image]   Veja
Licenciamento da droga, usada no tratamento de esclerose múltipla, custou 34 milhões de dólares à gigante da indústria farmacêutica.A Novartis, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, irá comercializar a droga Sativex, feita à base de maconha. Desenvolvida pela britânica GW Pharma, o licenciamento da droga custou aos cofres da Novartis 34 milhões de dólares, mais pagamento de royalties. Nos últimos meses, o Sativex teve a venda aprovada na América do Norte e na Europa. A Novartis vai agora ampliar o mercado e levar o Sativex à Ásia, África e Oriente Médio.

O remédio é indicado para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla com espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos. O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela esclerose múltipla apresentaram reações positivas ao remédio.
A GW já havia fechado acordos de licença para vendas do Sativex na Espanha com a Almirall, e na Grã-Bretanha e no Canadá com a Bayer. A droga também já está aprovada na Nova Zelândia e, espera-se, deve ser autorizada até o final do ano pela Alemanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Áustria e na República Tcheca.
No Brasil, a GW já havia revelado em novembro de 2010 que estava em negociação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, nenhuma indicação de venda no país foi divulgada. De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos. Novartis vai comercializar remédio à base de maconha [Image] [Image] [Image]   Veja
Licenciamento da droga, usada no tratamento de esclerose múltipla, custou 34 milhões de dólares à gigante da indústria farmacêutica.A Novartis, uma das maiores indústrias farmacêuticas do mundo, irá comercializar a droga Sativex, feita à base de maconha. Desenvolvida pela britânica GW Pharma, o licenciamento da droga custou aos cofres da Novartis 34 milhões de dólares, mais pagamento de royalties. Nos últimos meses, o Sativex teve a venda aprovada na América do Norte e na Europa. A Novartis vai agora ampliar o mercado e levar o Sativex à Ásia, África e Oriente Médio.

O remédio é indicado para o tratamento de pacientes com esclerose múltipla com espasticidade, que são os espasmos musculares causados pela degeneração dos nervos. O Sativex usa duas substâncias da planta da maconha, o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol. Essas substâncias ativam os receptores do cérebro que ajudam a diminuir os sintomas dos espasmos. Segundo a empresa, 50% das pessoas que sofrem com os espasmos causados pela esclerose múltipla apresentaram reações positivas ao remédio.
A GW já havia fechado acordos de licença para vendas do Sativex na Espanha com a Almirall, e na Grã-Bretanha e no Canadá com a Bayer. A droga também já está aprovada na Nova Zelândia e, espera-se, deve ser autorizada até o final do ano pela Alemanha, Itália, Suécia, Dinamarca, Áustria e na República Tcheca.
No Brasil, a GW já havia revelado em novembro de 2010 que estava em negociação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, nenhuma indicação de venda no país foi divulgada. De acordo a legislação brasileira, medicamentos que contenham em sua composição extratos da maconha são proibidos, mas a lei também prevê a hipótese de autorização para casos específicos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

NOTA DE REPÚDIO À ALTERAÇÃO DA LEI 4034/10 – LEI ANTIFUMO

NOTA DE REPÚDIO À ALTERAÇÃO DA LEI 4034/10 – LEI ANTIFUMO
Para:Câmara de Vereadores de Teresina
O Comitê Estadual de Controle do Tabagismo do Piauí, formado por Organizações Governamentais – OGs e Organizações Não Governamentais – ONGs (em anexo), vem pela presente manifestar o repúdio à alteração da Lei 4034/10, da Vereadora Rosário Bezerra, votada na sessão da ultima quinta-feira, dia 07/04/2011.
Enfatizamos que, ironicamente a votação para a alteração da Lei se deu no DIA MUNDIAL DE LUTA PELA SAÚDE, dia em que deveríamos estar comemorando os avanços da saúde, mas que lamentavelmente para a cidade de Teresina, amargamos um retrocesso para a Saúde Pública do município.
Entendemos ser um retrocesso, pois a alteração feita pelo Vereador Edson Melo, está na contra mão de um movimento mundial contra a exposição à fumaça do tabaco em todos os locais de trabalho, meios de transporte público, lugares públicos e privados fechados, desta forma, garantindo a todas as pessoas o direito de respirar livre da fumaça cancerígena do cigarro.

Esclarecemos que a alteração proposta pelo vereador fere a Convenção Quadro para Controle do Tabaco – CQCT, primeiro tratado internacional de saúde pública, ratificada pelo Brasil através do Decreto 5.658/2006 e assinada por mais de 172 países.

A Convenção Quadro recomenda, dentre outros, a proteção contra a exposição à fumaça do tabaco em todos os locais de trabalho, e conclui pelo banimento do fumo nestes locais como a política pública mais eficaz e barata de prevenção, proteção e promoção da saúde.

Salientamos que é dever do legislador, fazer Leis que sejam a favor da Saúde Pública do País, do Estado ou do Município, devendo NUNCA legislar em causa própria.

Este Comitê não entende como, vereadores conscientes do seu papel com a população, queiram alterar a Lei 4034/10, um importante instrumento para a melhoria da saúde da população teresinense. Legisladores conscientes devem, antes de tudo, analisar e tecer considerações relevantes, sobre a importância do controle do tabagismo, como:



1.    Cerca de 4.800 substâncias foram identificadas na fumaça dos produtos de tabaco. Dessas, ao menos 250 são comprovadamente tóxicas e 50 são agentes carcinogênicos capazes de promover danos genéticos;

2.    O tabagismo passivo sujeita as pessoas às mesmas doenças e conseqüências sanitárias do tabagismo ativo, sendo a terceira causa evitável de mortes no mundo (OMS). São 200 mil trabalhadores mortos por ano em decorrência da exposição involuntária à fumaça do cigarro (OIT);

3.    A proibição do fumo em locais fechados não viola o direito do fumante, busca somentedisciplinar os locais em que se pode e não pode fumar;


4.    A permissão do fumo em locais fechados contraria as leis trabalhistas, na medida em que os empresários têm a obrigação legal de promover ambiente de trabalho seguro e saudável aos seus empregados (art. 157 CLT);


5.    É consenso científico que fumódromos NÃO atendem à proteção da saúde pública e ocupacional e a tendência mundial tem sido a criação de ambientes fechados 100% livres de fumo;


6.    Não há formas de isolamento, de ventilação e arejamento eficazes que eliminem as substâncias tóxicas da fumaça ou reduzam os riscos de exposição à poluição tabagística ambiental;

7.    Em ambientes fechados, os fumantes tornam-se fumantes passivos da própria fumaça e da fumaça dos demais fumantes. A proteção contra a exposição ao fumo passivo deve ser para todos, fumantes e não fumantes, trabalhadores e clientes, porque a fumaça do tabaco é tóxica e cancerígena;

8.    A aprovação de ambientes fechados 100% livres do fumo não causa impacto econômico em bares, restaurantes e casas noturnas, como mostra a experiência internacional. Essa medida tem aprovação de pelo menos 80% da população brasileira, e dentre os fumantes, de pelo menos 70%, segundo o Datafolha (2009);

9.    Pesquisa realizada pelo Instituto Captavox em março de 2010, revelou  que 95% da população teresinense defende a aprovação da lei antifumo;

10. A necessidade de Legislação específica para o controle do Tabagismo é a forma mais eficiente de prevenção às doenças provenientes da exposição à fumaça tabagística;




O Comitê Estadual de Controle do Tabagismo do Piauí repudia veementemente, qualquer alteração que possa descaracterizar a Lei Municipal nº 4.034 de 20 de agosto de 2010, que proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não de do tabaco.

Sem mais, agradecemos a atenção dispensada, ao tempo em que aguardamos que não haja nenhuma alteração nesta importante Lei na próxima votação na Câmara de Vereadores.



Atenciosamente,


COMITE ESTADUAL DE CONTROLE DO TABAGISMO DO PIAUÍ